Cerca de 180 toneladas de mudas de cana melhoradas geneticamente já foram distribuídas pela LLX e OSX, empresas de logística e construção naval do Grupo EBX, aos agricultores de São João da Barra, onde a LLX constrói o Superporto do Açu. A iniciativa, em parceria com a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), já beneficiou 33 produtores rurais e tem o objetivo de incentivar a produção de cana-de-açúcar em São João da Barra, visto que a região Norte Fluminense é a maior produtora de cana no Estado do Rio. As mudas distribuídas entre setembro de 2011 e junho de 2012, frutos de pesquisas do programa de melhoramento genético da UFRRJ, são 30% mais produtivas que as plantadas anteriormente.
A iniciativa contribui para o aumento da quantidade de matéria-prima que chega às usinas e aos comerciantes de caldo de cana, além de diversificar a ração animal. As mudas que estão sendo distribuídas, apelidadas de “sanjoanense”, foram desenvolvidas nas pesquisas da Universidade de acordo com as características do solo e clima da região. Com isso, o Plano de Investimento Social da Agricultura familiar das empresas do Grupo EBX tem facilitado o acesso dos pequenos produtores a tecnologias de ponta que tem tornado o cultivo mais rentável e fácil.
As principais características das mudas melhoradas geneticamente são alta produtividade, alto teor de sacarose, além de maior resistência a doenças comuns no município, como mosaico da cana-de-açúcar, ferrugem marrom e carvão. Outra propriedade destacada pelos técnicos da UFRRJ é a boa capacidade de brotação após o corte, ou seja, a mesma planta pode brotar outras seis vezes, sendo uma por ano. Em algumas plantações, quando irrigada e adubada adequadamente, os técnicos verificaram que a o ciclo da cana durou cerca de 10 anos.
Ainda segundo as pesquisas da UFRRJ, a produtividade da cana “sanjoanense” pode ultrapassar 150 toneladas por hectare, índice cerca de 30% superior à maioria das espécies cultivadas no município.
Dois viveiros de mudas de cana melhoradas geneticamente foram implantados, sendo um em Vila da Terra e outro na própria UFRRJ. A expectativa é que dessas duas unidades saiam mais 200 toneladas para serem distribuídas entre os produtores rurais de São João da Barra.
De acordo com a coordenadora de Responsabilidade Social da LLX, Gleide Gomes, tais práticas contribuem para o resgate da tradição e cultura já existentes no local, visto que o ciclo da cana foi um dos mais importantes para a economia do Norte Fluminense. “Com a introdução de novas práticas agrícolas, o Superporto do Açu promove transformações no processo produtivo e contribui para o desenvolvimento desta região, sem esquecer as tradições locais. Além da importância econômica para o interior do Estado, o cultivo da cana tem relevante importância histórica”, concluiu Gleide.
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