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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Descoberto esquema de espionagem voltado para membros do PR

Reprodução
Geraldo Pudim e assessores eram alvo e militar reformado foi flagrado
O ex-deputado federal Geraldo Pudim (PR) foi parar na 12ª Delegacia Legal, em Copacabana, na capital carioca, na manhã desta quinta-feira (20/07), depois de flagrar junto com seus assessores, um homem infiltrado no estacionamento do Apart Hotel onde fica sediado, no mesmo bairro, fazendo filmagens clandestinas e seguindo seus passos. 

Segundo o ex-deputado, que hoje é vice-presidente do Partido da República, e coordena as campanhas eleitorais nas regiões metropolitana e baixada fluminense, ele que já tinha recebido informações de que existiam equipes montadas para vigiar seus passos, fazer escutas e segui-lo. Tudo com vistas às disputas eleitorais. 

Além das filmagens o grupo político foi informado que escutas estavam sendo feitas no apartamento de Geraldo Pudim e locais de trabalho, o que também ocorreria contra membros de sua equipe de trabalho.

Na quinta-feira (26/07) pela manhã, ao se aproximar de seu veículo particular, Geraldo Pudim foi comunicado por um de seus assessores que estava sendo filmado por um homem, que estava dentro do veículo, um Fiat Siena, com placa do Rio de Janeiro, usando uma câmera.


 
A equipe de segurança do edifício foi acionada e abordou o homem que foi identificado como José Alves de Souza, militar reformado da Marinha. Ele inicialmente tentou negar que estivesse fazendo qualquer tipo de registro visando o político, mas depois apresentou as filmagens e registros fotográficos que continham imagens do carro de Geraldo pudim e de um de seus assessores, sendo que um a cerca de cinco metros.

“Ele se perdeu nas respostas e foi contraditório o tempo todo. Primeiro disse que gostava de carros e que estava fazendo fotos de veículos que gosta e que nada estava relacionado a mim. Aí quando foi pressionado disse que não ia mostrar a gravação e que ninguém o obrigaria, foi quando acionamos a polícia para nos dirigir até a delegacia, e foi quando ele resolveu mostrar a gravação, onde detectamos que os dois veículos, e apenas os dois tinham sido fotografados”, disse Geraldo Pudim.

“Ao ser indagado do que se tratava e para quem estaria trabalhando, disse não ter nenhuma direção política, o que evidentemente não nos convenceu. A gente sabe que a política imposta pelo grupo que é contrário às nossas convicções, é essa aí. Nós não vamos em hipótese alguma esmorecer e vamos dar sequência ao projeto de moralização no Estado todo, mesmo que tenhamos que continuar a causar esse frisson na vida dessas pessoas que acham que com a força vão mudar nossos pensamentos”, disse Pudim.
Na 12ª DP de Copacabana, acompanhado de advogado, assessores e seguranças, Pudim prestou depoimento.

A delegada Soraya Vaz de Santana declarou que iria instaurar investigação. “Vou apurar e estou propensa a instaurar inquérito e até apresentar um mandado de busca e apreensão. Levantamos os dados do carro, como placa, os dados dele com a administração do hotel e descobrimos que ele veio da baixada fluminense. É no mínimo estranha toda essa situação e ele ainda declarou que teria se separado da mulher, e por isso se instalado no apart, mas alegar que ficou fazendo fotos no estacionamento para se distrair, aí já é demais”, disse a delegada.

CARRO NÃO FOI REVISTADO
Enquanto era feito o registro chegou a informação de que no veículo onde estava o homem, existiam equipamentos de escuta clandestina que, ao que tudo indica, seriam utilizados no prédio residencial do ex-deputado.
Em seu blog, o deputado federal Anthony Garotinho fez um relato de toda a história ocorrida e declara que a delegada acompanhada de agentes da Polícia Civil foi até o apart, em Copacabana e contatou que o veículo estava fechado. Neste meio tempo, destaca que estranhamente, o delegado titular da 12ª DP, Mário Mendonça Dubugras, interveio e não permitiu que o carro fosse revistado, alegando que seria necessária uma ordem judicial, mas não tomou qualquer providência neste sentido.

A delegada foi a sala do sistema do circuito interno do prédio e viu as imagens que mostravam a presença do homem no estacionamento. Uma gravação foi solicitada e encaminhada à 12ª Delegacia Legal.

Geraldo pudim prometeu tomar providências: “Vou ao acionado jurídico do PR para comunicar esse fato ao Ministério Público eleitoral e à Corregedoria da Política. A democracia não pode conviver com esse tipo de abuso de quem quer que seja. É preciso descobrir quem está por trás disso tudo.”

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