Folha da Manhã - Por que entrou na disputa pela Prefeitura de São João da Barra?
Betinho Dauaire - Entendo que Deus tem seus propósitos. Administrei São João da Barra por 8 anos, com pouco recurso, no início nem haviam os royalties e conseguimos fazer o sanjoanense feliz e foram os sanjoanenses que pediram a volta do nosso modelo de governar, junto com o povo e sem perseguição. Os amigos incentivaram, a oposição unida e consolidada ajudou, mas o motivo principal de estar na disputa foi o amor que eu tenho por São João da Barra e o sofrimento da população que eu vi ao logo desse tempo, principalmente durante os quatro anos em que fiz programa de rádio no município.
Folha - Qual será o grande desafio do próximo prefeito de SJB?
Betinho - Administrar uma cidade que irá receber um número gigantesco de investimentos, mas também de população e com isso uma grande demanda de serviços, de problemas e de desafios. São João da Barra hoje recebe o maior investimento privado do país que é o Porto do Açú, mas nos deparamos com a precariedade na saúde, com a educação em penúltimo lugar no Estado, segundo o IDEB, sem investimentos sólidos em infraestrutura e preparo para as oportunidades que estarão chegando. Em São João da Barra ainda temos bairros que sequer tem água potável. O grande desafio é transformar o crescimento em um real desenvolvimento e não o que vemos hoje em que as pessoas vem morar aqui e depois se mudam para Campos porque aqui falta até ambulância. Capacitação profissional, valorização do funcionalismo público, Programa de habitação, transporte e mobilidade urbana de qualidade e accessível, tudo é possível, basta ter um governan-te preparado e com vontade de fazer o povo feliz.
Folha - Qual é a sua avaliação sobre os adversários: Neco, Jéssica e Murilo?
Betinho - Quando uma pessoa entra numa disputa, ela tem que gostar do que faz ou irá fazer, se preparar e conhecer seus adversários. Dos três candidatos que disputarão esse pleito eleitoral comigo o que eu posso falar mais é o Neco, porque foi vereador na minha gestão de prefeito e hoje não só eu, como toda a população, acompanha seu desempenho no legislativo. O Neco chegou a ser presidente da Câmara e convocou na noite de réveillon uma sessão para a aprovação de uma lei que deu início ao processo de desapropriações que ocorreram e ainda ocorrem no 5º distrito. Foi na administração dele também que recaem inúmeras denúncias como fraude em concurso público, nepotismo e etc. Neco esteve a frente da secretaria de promoção social e não construiu nenhuma casa popular e ao retornar a Câmara encabeçou a lista de vereadores governistas que votaram contra a permanência do Cartão Cidadão para aqueles que já possuem o benefício independente do prefeito que venha ganhar as eleições. Eu poderia falar muita coisa, mas a maior parte o povo sanjoanense já conhece. Quanto a Jéssica, mesmo vindo de família vivida na política é uma jovem que ainda não possui serviço prestado no município, esse pleito pode servir para ela iniciar um trabalho que no momento ela ainda não tem. Já o Murilo é uma pessoa que eu tenho um carinho muito grande, trabalhou no rádio como eu, é um defensor da população do 5º distrito e contra a covardia que o governo vem fazendo principalmente com os agricultores, mas não tem consolidado um plano de governo que possa proporcionar ao sanjoanense uma melhor qualidade de vida e a aqueles que estarão vindo morar aqui uma estrutura digna em termos de saúde, educação, saneamento básico, segurança, transporte e inserção no mercado de trabalho. Não espero que a minha opinião prevaleça por isso sou a favor das propostas, do debate para que o eleitor possa ver de perto realmente os candidatos e possa escolher com convicção quem irá levar São João da Barra para o real desenvolvimento.
Folha - São João da Barra vive um choque entre o futuro e o presente. Qual é a sua avaliação sobre a polêmica envolvendo as desapropriações no 5º Distrito?
Betinho - O presidente da Câmara na época José Amaro Martins de Souza, o Neco, colocava em votação uma lei dando legalidade a todo esse processo de desapropriações que hoje é realizado através da CODIM. Nada disso precisaria ter acontecido, não houve um estudo socioeco-nômico, não houve um programa de conscientização por parte do Poder Público e as famílias ficaram desamparadas. Se as empresas são pri vadas, porque não deixarem as empresas negociarem com os proprietários, porque forçá-los a sair muitas das vezes até sem o recebimento do valor. Depois de muitas manifestações e de brigas, inclusive no legislativo, prometeram uma Vila da terra que seria o paraíso e até hoje as famílias alojadas lá não possuem a documentação da terra, que garantia elas tem dessa propriedade?
Folha - O seu nome consta nas listas do TCE e TCU. Não é arriscado entrar na disputa com essas pendências na Justiça?
Betinho - Quando se é prefeito você responde até pelo o que os outros fazem e é natural porque você tem o poder de nomear as pessoas que vão te ajudar a administrar o município. Tive de enfrentar além de todas as coisas naturais e inerentes ao processo administrativo de qualquer gestor uma perseguição política, mas tenho as certidões que comprovam os recursos impetrados e não tenho qualquer processo transitado e julgado, portanto estou apto a disputar o pleito eleitoral. A estratégia de por dúvida na candidatura do Betinho Dauaire é antiga e o povo já não acredita mais.
Folha - A última pesquisa realizada em São João da Barra, pelo Instituto GPP, apontou que o candidato governista Neco (PMDB) está liderando com 46,6%, enquanto você está na segunda posição com 28,5%. Essa distância pode ser revertida? Como pretende mudar esse quadro faltando poucos meses para a eleição de outubro?
Betinho - Não questiono o instituto e sua seriedade, mas a metodologia empregada. Uma pesquisa que pergunta endereço e telefone deixa aqueles que possuem um benefício, receosos de dizer o que realmente querem já que a atual administração tem uma fama notória de perseguição. Essa pesquisa não reflete a realidade no município, mas ainda que a realidade fosse essa seria perfeitamente possível reverter o quadro, através de propostas sérias e um plano de governo que atenda as expectativas e demandas da população. Eu digo sempre, em uma corrida pouco importante quem sai na frente, realmente importa quem chega na frente e certamente essa decisão está nas mãos do povo.
Folha - Caso seja eleito, o que irá mudar no modelo administrativo de São João da Barra? Na sua opinião, o que pode ser apontado como falha na gestão atual?
Betinho - A primeira mudança é a maneira prepotente de se governar utilizando de intimidação e perseguição, principalmente com o mais humilde. É ouvindo, é conversando que surgem os projetos que realmente atenderão as expectativas da população. Não existe administração perfeita, mas nessa administração os escândalos são inúmeros e é o sanjoanense que mais saiu prejudicado. Tivemos o episódio dos remédios vencidos, CPI do barro que apurou um prejuízo aos cofres públicos de milhões, a posição do município em primeiro lugar no índice de infestação de dengue no Estado, no primeiro lugar na questão do desmatamento, a questão do lixo mais caro do país, tendo a prefeita deixado por três dias o lixo na porta do sanjoanense. A atual administração pecou em não fazer uma gestão transparente, responsável com o dinheiro público e acima de tudo participativa, tanto é que a prefeita tem seus bens bloqueados.
Betinho Dauaire - Entendo que Deus tem seus propósitos. Administrei São João da Barra por 8 anos, com pouco recurso, no início nem haviam os royalties e conseguimos fazer o sanjoanense feliz e foram os sanjoanenses que pediram a volta do nosso modelo de governar, junto com o povo e sem perseguição. Os amigos incentivaram, a oposição unida e consolidada ajudou, mas o motivo principal de estar na disputa foi o amor que eu tenho por São João da Barra e o sofrimento da população que eu vi ao logo desse tempo, principalmente durante os quatro anos em que fiz programa de rádio no município.
Folha - Qual será o grande desafio do próximo prefeito de SJB?
Betinho - Administrar uma cidade que irá receber um número gigantesco de investimentos, mas também de população e com isso uma grande demanda de serviços, de problemas e de desafios. São João da Barra hoje recebe o maior investimento privado do país que é o Porto do Açú, mas nos deparamos com a precariedade na saúde, com a educação em penúltimo lugar no Estado, segundo o IDEB, sem investimentos sólidos em infraestrutura e preparo para as oportunidades que estarão chegando. Em São João da Barra ainda temos bairros que sequer tem água potável. O grande desafio é transformar o crescimento em um real desenvolvimento e não o que vemos hoje em que as pessoas vem morar aqui e depois se mudam para Campos porque aqui falta até ambulância. Capacitação profissional, valorização do funcionalismo público, Programa de habitação, transporte e mobilidade urbana de qualidade e accessível, tudo é possível, basta ter um governan-te preparado e com vontade de fazer o povo feliz.
Folha - Qual é a sua avaliação sobre os adversários: Neco, Jéssica e Murilo?
Betinho - Quando uma pessoa entra numa disputa, ela tem que gostar do que faz ou irá fazer, se preparar e conhecer seus adversários. Dos três candidatos que disputarão esse pleito eleitoral comigo o que eu posso falar mais é o Neco, porque foi vereador na minha gestão de prefeito e hoje não só eu, como toda a população, acompanha seu desempenho no legislativo. O Neco chegou a ser presidente da Câmara e convocou na noite de réveillon uma sessão para a aprovação de uma lei que deu início ao processo de desapropriações que ocorreram e ainda ocorrem no 5º distrito. Foi na administração dele também que recaem inúmeras denúncias como fraude em concurso público, nepotismo e etc. Neco esteve a frente da secretaria de promoção social e não construiu nenhuma casa popular e ao retornar a Câmara encabeçou a lista de vereadores governistas que votaram contra a permanência do Cartão Cidadão para aqueles que já possuem o benefício independente do prefeito que venha ganhar as eleições. Eu poderia falar muita coisa, mas a maior parte o povo sanjoanense já conhece. Quanto a Jéssica, mesmo vindo de família vivida na política é uma jovem que ainda não possui serviço prestado no município, esse pleito pode servir para ela iniciar um trabalho que no momento ela ainda não tem. Já o Murilo é uma pessoa que eu tenho um carinho muito grande, trabalhou no rádio como eu, é um defensor da população do 5º distrito e contra a covardia que o governo vem fazendo principalmente com os agricultores, mas não tem consolidado um plano de governo que possa proporcionar ao sanjoanense uma melhor qualidade de vida e a aqueles que estarão vindo morar aqui uma estrutura digna em termos de saúde, educação, saneamento básico, segurança, transporte e inserção no mercado de trabalho. Não espero que a minha opinião prevaleça por isso sou a favor das propostas, do debate para que o eleitor possa ver de perto realmente os candidatos e possa escolher com convicção quem irá levar São João da Barra para o real desenvolvimento.
Folha - São João da Barra vive um choque entre o futuro e o presente. Qual é a sua avaliação sobre a polêmica envolvendo as desapropriações no 5º Distrito?
Betinho - O presidente da Câmara na época José Amaro Martins de Souza, o Neco, colocava em votação uma lei dando legalidade a todo esse processo de desapropriações que hoje é realizado através da CODIM. Nada disso precisaria ter acontecido, não houve um estudo socioeco-nômico, não houve um programa de conscientização por parte do Poder Público e as famílias ficaram desamparadas. Se as empresas são pri vadas, porque não deixarem as empresas negociarem com os proprietários, porque forçá-los a sair muitas das vezes até sem o recebimento do valor. Depois de muitas manifestações e de brigas, inclusive no legislativo, prometeram uma Vila da terra que seria o paraíso e até hoje as famílias alojadas lá não possuem a documentação da terra, que garantia elas tem dessa propriedade?
Folha - O seu nome consta nas listas do TCE e TCU. Não é arriscado entrar na disputa com essas pendências na Justiça?
Betinho - Quando se é prefeito você responde até pelo o que os outros fazem e é natural porque você tem o poder de nomear as pessoas que vão te ajudar a administrar o município. Tive de enfrentar além de todas as coisas naturais e inerentes ao processo administrativo de qualquer gestor uma perseguição política, mas tenho as certidões que comprovam os recursos impetrados e não tenho qualquer processo transitado e julgado, portanto estou apto a disputar o pleito eleitoral. A estratégia de por dúvida na candidatura do Betinho Dauaire é antiga e o povo já não acredita mais.
Folha - A última pesquisa realizada em São João da Barra, pelo Instituto GPP, apontou que o candidato governista Neco (PMDB) está liderando com 46,6%, enquanto você está na segunda posição com 28,5%. Essa distância pode ser revertida? Como pretende mudar esse quadro faltando poucos meses para a eleição de outubro?
Betinho - Não questiono o instituto e sua seriedade, mas a metodologia empregada. Uma pesquisa que pergunta endereço e telefone deixa aqueles que possuem um benefício, receosos de dizer o que realmente querem já que a atual administração tem uma fama notória de perseguição. Essa pesquisa não reflete a realidade no município, mas ainda que a realidade fosse essa seria perfeitamente possível reverter o quadro, através de propostas sérias e um plano de governo que atenda as expectativas e demandas da população. Eu digo sempre, em uma corrida pouco importante quem sai na frente, realmente importa quem chega na frente e certamente essa decisão está nas mãos do povo.
Folha - Caso seja eleito, o que irá mudar no modelo administrativo de São João da Barra? Na sua opinião, o que pode ser apontado como falha na gestão atual?
Betinho - A primeira mudança é a maneira prepotente de se governar utilizando de intimidação e perseguição, principalmente com o mais humilde. É ouvindo, é conversando que surgem os projetos que realmente atenderão as expectativas da população. Não existe administração perfeita, mas nessa administração os escândalos são inúmeros e é o sanjoanense que mais saiu prejudicado. Tivemos o episódio dos remédios vencidos, CPI do barro que apurou um prejuízo aos cofres públicos de milhões, a posição do município em primeiro lugar no índice de infestação de dengue no Estado, no primeiro lugar na questão do desmatamento, a questão do lixo mais caro do país, tendo a prefeita deixado por três dias o lixo na porta do sanjoanense. A atual administração pecou em não fazer uma gestão transparente, responsável com o dinheiro público e acima de tudo participativa, tanto é que a prefeita tem seus bens bloqueados.
Thiago Andrade
http://www.fmanha.com.br/politica/confiante-contra-o-favoritismo
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