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sexta-feira, 8 de abril de 2011

QUEBRA DE SIGILOS BANCÁRIO E TELEFÔNICO DA PREFEITA CARLA MACHADO

Os advogados Jamilton Damasceno e Antônio Maurício Costa irão pedir a quebra dos sigilos bancário e telefônico da prefeita de São João da Barra, Carla Machado (PMDB), na ação popular que será impetrada hoje em razão da desapropriação de um terreno no primeiro distrito do município, que mede 96.323m² para a instalação de uma unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).
A origem da ação é o valor superdimensionado de cerca de R$ 1,6 milhão (exatos R$ 1.627.861,00) pela desapropriação de uma área de aproximadamente dois alqueires, o que corresponde ao custo aproximado de R$ 813 mil por alqueire. O laudo de avaliação que serviu de base para o pagamento da desapropriação foi assinado por Paulo Fernandes Bastos Araújo Jr.
Na ação popular, ambos pleiteiam a anulação do decreto, considerado lesivo aos interesses da população. “A ação popular visa anular um ato lesivo ao patrimônio público é resguardar os direitos da população. É uma questão de moralidade administrativa. A desapropriação é um escândalo que não pode ficar impune”, disse o advogado Antônio Maurício.
Os advogados apuraram junto a vários corretores de imóveis e o valor real de mercado gira em torno de R$ 100 mil por alqueire.
A desproporção entre o valor da desapropriação e outras avaliações não param por aí. No dia 14 de julho de 2010, cumprindo mandado de avaliação pela Justiça, o oficial de Justiça avaliador Luiz Carlos Pontes Filho (matricula 01/7340) avaliou o imóvel em exatos R$ 300 mil. Um outro laudo foi realizado, cuja avaliação total foi de R$ 800 mil.
O terreno desapropriado com pedido de imissão de posse, mede 96.323 metros quadrados, declarado de utilidade pública através do decreto da prefeita, pertence ao espólio de Antônio Ribeiro Abreu, já falecido, representado pelo herdeiro José Antônio Ribeiro de Abreu na condição de inventariante.
Jamilton Damasceno aponta um outro fato agravante, como constatou no andamento do processo, segundo o qual já foram pagos ao inventariante 80% (cerca de R$ 1,2 milhão do valor total da desapropriação que resultou do decreto.
A reportagem do jornal O Diário entrou em contato com a assessoria da prefeita para buscar explicações sobre a desapropriação. O secretário de Comunicação Social da prefeitura, Victor Diniz, disse que iria ouvir a Procuradoria do Município, mas até o fechamento da edição não havia retornado a ligação.

FONTE: JORNAL O DIÁRIO.

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